Filha de
Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D.
Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às
margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando
seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados
do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de
Goiá.
Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina. Publicou nessa fase o seu primeiro conto, Tragédia na Roça.
Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria no estado de São Paulo por quarenta e cinco anos, inicialmente nas cidades de Avaré e Jaboticabal, e depois na cidade de São Paulo, para onde se mudaria em 1924. Ao chegar à capital, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender lingüiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
Ao completar cinquenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD.
Cora Coralina morreu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina. Publicou nessa fase o seu primeiro conto, Tragédia na Roça.
Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria no estado de São Paulo por quarenta e cinco anos, inicialmente nas cidades de Avaré e Jaboticabal, e depois na cidade de São Paulo, para onde se mudaria em 1924. Ao chegar à capital, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender lingüiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
Ao completar cinquenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD.
Cora Coralina morreu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
Primeiros
Passos Literários
Os elementos folclóricos que faziam parte do
cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se
tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de
qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste
brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com
simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu
para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma.
Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o
real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu
cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que
permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho
para atingir a mais alta riqueza de espírito.
Obras
- Estórias da casa velha da ponte
- Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais
- Meninos verdes (Infantil)Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha
- A moeda de ouro que o pato engoliu (Infantil)
- Vintém de cobre
Divulgação
Nacional
Foi ao ter sua poesia conhecida por Carlos Drummond de Andrade que Ana, já conhecida como Cora Coralina, passou a ser admirada por todo o Brasil.
Seu
primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás, foi publicado pela Editora José
Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que
consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de
Língua Portuguesa do século XX.
Onze anos
mais tarde, em 1976, compôs Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou
Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).
Cora
Coralina foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da
União Brasileira dos Escritores em 1983. Dois anos mais tarde, veio a falecer.
"Ana Lins de
Guimarães Peixoto Bretas, nasceu no estado de Goiás (Goiás Velho) em 1889.
Filha de Jacinta Luíza do Couto Brandão Peixoto e do Desembargador Francisco de
Paula Lins dos Guimarães. Em 25 de novembro de 1911 deixa Goiás indo morar no
interior de São Paulo. Volta para Goiás em 1954, depois de 45 anos.
Cora Coralina
era chamada Aninha da Ponte da Lapa. Tendo apenas instrução primária e sendo
doceira de profissão.
Publicou seu
primeiro livro aos 75 anos de idade. Ficou famosa principalmente quando suas
obras chegaram até as mãos de Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha
quase 90 anos de idade.
Sua obra se
caracteriza pela espontaneidade e pelo retrato que traça do povo do seu Estado,
seus costumes e seus sentimentos. Faleceu
em 10 abril de 1985 em Goiânia."
a 1ª foto é da Cidinha Coutinho...
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